Unaids e ABIA promovem diálogo sobre medicamentos injetáveis de longa duração para prevenção do HIV com a sociedade civil

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil e a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA) realizam dia 12 de junho, das 14h30 às 17h, um diálogo para debater caminhos e impacto para a sociedade civil em relação ao acesso de novas medicações injetáveis de longa duração para o HIV.

O evento busca ouvir as organizações da sociedade civil para elencar como os medicamentos injetáveis de longa duração podem ser benéficos para populações-chave para o HIV como homens gays e homens que fazem sexo com homens, jovens, população trans, profissionais do sexo, mulheres e população indígena.

“De todos esses anos da resposta ao HIV, sabemos que uma estratégia única para prevenção e tratamento não é o suficiente para atender as necessidades das distintas populações. Precisamos entender como os medicamentos injetáveis de longa duração podem melhorar adesão ao tratamento e reduzir número de novas infecções, especialmente nas populações mais vulneráveis ao HIV, que são mais discriminadas e afastadas dos serviços da saúde. O acesso a estas inovações podem nos colocar no caminho certo para acabar com a aids. O preço desses medicamentos precisa ser acessível para que o sistema de saúde possa disponibilizar as últimas tecnologias às populações mais afetadas como direito”, destaca Andrea Boccardi Vidarte, diretora e representante do Unaids no Brasil.

Uma oportunidade para acabar com a aids

Os medicamentos injetáveis de longa duração podem fortalecer a adesão ao tratamento, já que administração bimestral ou semestral simplifica a incorporação do medicamento na rotina, além de reduzir o estigma e a discriminação ligados ao uso diário de comprimidos. As diversas necessidades e circunstâncias das pessoas mais expostas ao HIV demonstram que nenhuma abordagem de prevenção única será adequada para todas as pessoas. Preservativos, por exemplo, funcionam bem para algumas, mas não para outras. A PrEP oral exige o estabelecimento de uma rotina que algumas pessoas acham difícil de aderir.

“É fundamental promover um diálogo intersetorial e solidário em torno do acesso a medicamentos essenciais no contexto da resposta ao HIV e à aids. Precisamos capacitar e mobilizar a sociedade civil para que ela possa reivindicar a incorporação desse medicamento a preços justos e acessíveis, de forma a garantir o acesso universal, tanto para a prevenção quanto para o tratamento, a todas as pessoas que dele necessitem”, diz Veriano Terto Jr, vice-presidente da ABIA. “Os webinários que temos realizado são um passo importante nesse processo: eles ajudam a preparar a sociedade brasileira para exigir políticas públicas sustentáveis e equitativas, que coloquem o direito à saúde em primeiro lugar.”, finaliza.

Fonte: Unaids Brasil