Anaids e MNCP reforçam em nota a importância do polimetilmetacrilato no tratamento da lipodistrofia facial em pessoas com HIV/aids
A Articulação Nacional de Luta Contra a Aids (Anaids) e o Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP) divulgaram uma nota pública reforçando a importância da manutenção do uso do polimetilmetacrilato (PMMA) para pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA). O documento destaca que o preenchimento facial com PMMA é um procedimento essencial para o tratamento da lipoatrofia facial, uma condição que pode comprometer a autoestima, a sociabilização e até a adesão ao tratamento antirretroviral (ARV).
De acordo com a nota, recentemente veiculada, a manutenção do acesso a esse procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS) é fundamental para garantir a dignidade e a qualidade de vida dessa população. A Anaids e o MNCP alertam para a necessidade de um debate equilibrado sobre o tema, especialmente após a exibição de uma reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, que abordou casos de uso inadequado do PMMA sem diferenciar o uso regulamentado para PVHA.
O impacto da lipodistrofia
A lipodistrofia, condição caracterizada por alterações na distribuição de gordura corporal, afeta profundamente a saúde mental e a autoimagem das PVHA. A nota enfatiza que, enquanto não houver outras tecnologias disponíveis no SUS para suprir essa necessidade, o preenchimento facial com PMMA deve permanecer acessível. Além disso, defende que o procedimento seja realizado estritamente por profissionais qualificados, conforme regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Saúde.
O documento também destaca a importância de fortalecer as redes de referência para a realização desses procedimentos em estados e municípios.
A Anaids e o MNCP solicitam que as autoridades de saúde e o Conselho Federal de Medicina revisitem essa questão com base em evidências científicas e nas reais necessidades da população afetada. Além disso, reivindicam que a Rede Globo conceda espaço para que as vozes das PVHA sejam ouvidas, garantindo um debate mais justo e completo sobre o tema.
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Fonte: Redação da Agência de Notícias da Aids