Ministério da Saúde qualifica profissionais para exames de carga viral e detecção de ISTs
Na última quinta-feira (10), o Ministério da Saúde promoveu um webinário com o objetivo de qualificar profissionais da rede pública de saúde na realização de exames de biologia molecular. O foco da capacitação foram as boas práticas na quantificação da carga viral do HIV, das hepatites B e C, e na detecção das infecções sexualmente transmissíveis causadas por Chlamydia trachomatis (clamídia) e Neisseria gonorrhoeae (gonococo).
Organizado pelo Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), o evento reuniu especialistas de empresas do setor diagnóstico e representantes de laboratórios públicos. Os exames abordados estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) e são fundamentais para o diagnóstico precoce, monitoramento clínico e tomada de decisões terapêuticas.
A especialista Nayra Soares do Amaral, da empresa norte-americana Cepheid, apresentou as vantagens das metodologias point-of-care, que permitem exames rápidos de biologia molecular com resultados em curto prazo. Já Rafaela Andrade, assessora científica da Roche, destacou as boas práticas em metodologias automatizadas e de alto rendimento.
Também foram compartilhadas experiências de laboratórios da rede pública. Jussara Silveira, do Laboratório Central da Bahia, relatou estratégias para qualificar a fase pré-analítica dos exames, com foco na gestão das redes convencionais e rápidas. Simone Silva, tecnologista da Fiocruz no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, apresentou a rotina de boas práticas em laboratórios de biologia molecular.
Para o diretor do Dathi, Draurio Barreira, a capacitação contínua das equipes é estratégica para garantir resultados mais precisos e fortalecer o cuidado às pessoas que vivem com HIV, hepatites e outras ISTs. “A qualificação contínua dos profissionais permite que estejam atualizados quanto às tecnologias disponíveis. Isso é vital para alcançarmos as metas de eliminação das hepatites e da aids enquanto problemas de saúde pública”, afirmou.
O evento contou com a moderação das consultoras técnicas Amanda Morais e Fernanda Conte, do Dathi, que integram a equipe responsável pelo monitoramento das redes laboratoriais e serviços de saúde vinculados ao SUS.
Fonte: Agência Aids