2º Seminário Nacional sobre HIV e Tuberculose debate solidariedade, saúde coletiva e impactos climáticos em Belém
Belém, sede da COP 30, abriu nesta quinta-feira, 11 de dezembro, e segue com uma ampla programação até sábado, o 2º Seminário Nacional sobre HIV/Aids e Tuberculose, evento que marca o Dezembro Vermelho e amplia o debate sobre duas das pautas mais urgentes da saúde pública brasileira: o enfrentamento às infecções e a relação direta entre mudanças climáticas e vulnerabilidades sociais.
Com o tema “A solidariedade é o que nos une”, o seminário reúne gestores, pesquisadores, ativistas, profissionais de saúde e representantes de movimentos sociais de todo o país. O encontro reforça a necessidade de promover respostas integradas às epidemias, considerando os impactos ambientais que ampliam desigualdades e afetam diretamente populações em territórios urbanos, ribeirinhos, indígenas e periféricos em todo o Brasil.
O contexto pós-COP 30 potencializa a relevância do debate. As conclusões da conferência internacional reforçam que eventos extremos, aumento da temperatura e crises ambientais ampliam riscos de adoecimento, agravam condições pré-existentes e dificultam o acesso aos serviços de saúde, especialmente entre grupos historicamente negligenciados.
Durante a abertura, autoridades e especialistas destacaram que o compromisso com a solidariedade — conceito que norteia a edição deste ano — é fundamental para fortalecer redes de cuidado, ampliar políticas públicas e garantir que o SUS continue respondendo efetivamente às epidemias.
Para o médico infectologista e coordenador geral de Vigilância das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o Dr. Mário Paribanez Gonzalez, “é muito oportuno que este evento esteja sendo realizado em Belém, após COP 30. Os debates são muito importantes para estabelecer diálogos entre saúde e clima entre a fragilidade do bioma da Amazônia e das populações que aqui vivem e ressaltar a atuação da sociedade civil no sentido de ter uma frente ampla para discutir não só as doenças que incidem, mas os fatores que incluem a questão climática e de acesso que impõe à Amazônia.”
Ao longo do dia, mesas temáticas abordaram desde os avanços no tratamento e prevenção combinada do HIV/aids até os desafios persistentes para a eliminação da tuberculose no país. Pesquisadores também ressaltaram assuntos sobre a relação entre qualidade do ar, condições de moradia, desastres ambientais e o aumento de casos de agravos respiratórios, reforçando a interface entre saúde e clima e formas e desafios de tratamentos.
O farmacêutico e técnico da coordenação de HIV/Aids da Secretaria Estadual de Saúde (SESPA), Marcos Santos, disse que hoje a maior causa de morte entre a população que vive com HIV e aids é a tuberculose, “é grave e precisamos trabalhar juntos seja para conseguir superar como epidemia de HIV, ou seja para superar enquanto tuberculose. O melhor é trabalhar os dois juntos. Hoje Belém é a primeira capital em óbitos por tuberculose no Brasil e a segunda cidade do estado em óbito por HIV/aids, e essa é a principal relevância do seminário hoje para que a gente promova o diagnóstico da população que vive com HIV/aids, visto que essa população tem 27 vezes mais chances de adquirir tuberculose ativa e também a profilaxia que hoje é diretriz nacional, fazer a profilaxia terapêutica assim a gente vai evitar que essas pessoas se envolvam de forma mais ativa”, explica.
Outro ponto de destaque do seminário foi a discussão sobre a importância do engajamento comunitário. Movimentos sociais que atuam na pauta HIV/aids e na defesa dos direitos de pessoas afetadas por tuberculose reforçaram que a mobilização social é essencial para combater estigmas, ampliar diagnósticos e fortalecer políticas intersetoriais.
Para o médico infectologista e coordenador geral de Vigilância das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o Dr. Mário Paribanez Gonzalez, “é muito oportuno que este evento esteja sendo realizado em Belém, após COP 30. Os debates são muito importantes para estabelecer diálogos entre saúde e clima entre a fragilidade do bioma da Amazônia e das populações que aqui vivem e ressaltar a atuação da sociedade civil no sentido de ter uma frente ampla para discutir não só as doenças que incidem, mas os fatores que incluem a questão climática e de acesso que impõe à Amazônia.”
Ao longo do dia, mesas temáticas abordaram desde os avanços no tratamento e prevenção combinada do HIV/aids até os desafios persistentes para a eliminação da tuberculose no país. Pesquisadores também ressaltaram assuntos sobre a relação entre qualidade do ar, condições de moradia, desastres ambientais e o aumento de casos de agravos respiratórios, reforçando a interface entre saúde e clima e formas e desafios de tratamentos.
O farmacêutico e técnico da coordenação de HIV/Aids da Secretaria Estadual de Saúde (SESPA), Marcos Santos, disse que hoje a maior causa de morte entre a população que vive com HIV e aids é a tuberculose, “é grave e precisamos trabalhar juntos seja para conseguir superar como epidemia de HIV, ou seja para superar enquanto tuberculose. O melhor é trabalhar os dois juntos. Hoje Belém é a primeira capital em óbitos por tuberculose no Brasil e a segunda cidade do estado em óbito por HIV/aids, e essa é a principal relevância do seminário hoje para que a gente promova o diagnóstico da população que vive com HIV/aids, visto que essa população tem 27 vezes mais chances de adquirir tuberculose ativa e também a profilaxia que hoje é diretriz nacional, fazer a profilaxia terapêutica assim a gente vai evitar que essas pessoas se envolvam de forma mais ativa”, explica.
Outro ponto de destaque do seminário foi a discussão sobre a importância do engajamento comunitário. Movimentos sociais que atuam na pauta HIV/aids e na defesa dos direitos de pessoas afetadas por tuberculose reforçaram que a mobilização social é essencial para combater estigmas, ampliar diagnósticos e fortalecer políticas intersetoriais.
A representante do movimento “Mães da resistência”, Mirna Everton, hoje com sede oficial em Recife-PE, trabalha a questão dos estigmas com seus filhos acolhidos pelo abrigo e demais mães pelo país que lutam pela preservação da saúde dos seus. “A sociedade não perdoa com o preconceito e nós mães temos a obrigação de apararmos e nunca julgá-los porque nós somos o que somos e ninguém ensinar a ser nada. Eu luto para que o estigma pare de cair em cima dos LGBTs ou sob qualquer pessoa porque o que mais mata para além do HIV é o preconceito”, desabafa Mirna, ativista social.
Representantes de organizações nacionais também ressaltaram que Belém, por ser a capital da COP 30, assume papel simbólico e estratégico para impulsionar debates sobre saúde, clima e direitos humanos. A convergência entre esses temas, segundo os especialistas, deve orientar as próximas agendas políticas do país.
Jair Santos, coordenador do Fopaids (Fórum Paraense de ONG/Aids), destaca a importância da construção de redes de saúde nos processos de controle e atenção à doença. “Hoje o fórum traz essa possibilidade histórica a mais de 15 anos onde a gente agrega essas instituições signatárias que tratam desses temas aqui na Amazônia, por tanto, é uma ferramenta com uma grande importância para agregar todos esses atores que lutam. Você não precisa ter HIV/aids ou TB, não precisa ter nenhuma dessas patologias para agregar, basta ser um ativista e ajuda e traz possibilidades de discussão para dentro.”
O 2º Seminário Nacional sobre HIV/Aids e Tuberculose segue com painéis temáticos, mesas e plenárias, apresentações de pesquisas e formulação de diretrizes concretas que norteará os assuntos que serão encaminhadas a instituições públicas e organismos de cooperação através da 2ª carta da Amazônia (documento final norteador) construída em conjunto com o movimento social. A expectativa é que o encontro contribua para fortalecer a resposta brasileira às epidemias, reafirmando o compromisso com a equidade, a ciência e a solidariedade como eixo estruturante da saúde coletiva sempre pensando nos mais vulneráveis como os corpos pretos, periféricos, quilombolas, ribeirinhos e povos em diferentes regiões do Brasil e com suas diferentes peculiaridades.
Fonte: Agência Aids


